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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O que é SAP

O que é a Alienação Parental 

Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner [3] em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.

A Síndrome de Alienação Parental é um acontecimento frequente na
sociedade atual, que se caracteriza por um elevado número de
separações e divórcios. Ela costuma ser desencadeada nos
movimentos de separação ou divorcio do casal, mas sua descrição
ainda constitui novidade, sendo pouco conhecida por grande parte
dos operadores do direito.

Segundo Gardner: “A Síndrome da Alienação Parental é uma das
doenças que emerge exclusivamente no contexto das disputas pela
guarda”. Nesta doença, um dos genitores (o alienador, o genitor
alienante, o genitor PAS-indutor) empreende um programa de
denegrir o outro genitor (o genitor alienado, vítima, o genitor
denegrido). No entanto, este não é simplesmente uma questão de
‘lavagem cerebral’ ou ‘Programação’ na qual a criança contribui com
seus próprios elementos na campanha de denegrir. É esta
combinação de fatores que justificadamente garantem a designação
de PAS [...]. Na PAS, os polos dos impasses judiciais seriam
compostos por um genitor alienador e um genitor alienado. Como
apontado no inicio deste texto, seria fundamental considerar as
contribuições do contexto judicial para a instalação de dita síndrome,
ou Fenômeno de Alienação Parental, como se defende aqui ser mais
apropriado denominar [...]. O genitor alienante seria, em geral, a mãe
que costuma deter a guarda, e que a exerceria de forma tirânica.
Inegável é a grande influencia que a mãe exerce nos filhos
pequenos, dada a natural sequencia de um vinculo biológico para o
psíquico e afetivo. O que se observa é que a mães que utilizam sim
de forma abusiva, consciente e inconscientemente, o vinculo de
dependência não só física, mas, sobretudo, psíquica que a criança
tem para com ela [...]. (GROE-NINGA, 2008, p. 122-123
apud
ALVES, 2010, p. 168-169).
A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que
A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que
se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor,
denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus
filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com o
objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o
outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam
motivos reais que justifiquem essa condição.
Quando um casal se separa, geralmente ocorre o sentimento de perda, de
desprezo, abandono, e muitas vezes juntamente com esses sentimentos, também
nasce o desejo de vingança. Partindo daí, o genitor guardião não conseguindo lidar
com a situação, manipula e condiciona o filho para vir a romper os laços afetivos
com o outro genitor.
“A criança é induzida a afastar-se de quem ama e que também a
ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo
entre ambos. Restando órfão do genitor alienado, acaba
identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como
verdadeiro tudo o que lhe é informado
.” (DIAS, 2009, TELLES E
NORA, 2010).
Jorge Trindade, citando Podevyn (2001), diz: a Síndrome de Alienação
Parental pode trazer muitos transtornos para as crianças, tais como a depressão
crônica, a incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial normal, transtornos
de identidade e de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa,
sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla e
múltipla personalidade, e, em casos extremos, levar ao suicídio. Os estudos feitos
por Podevyn têm alertado que, quando adultas, as vítimas da Alienação têm
inclinação ao alcoolismo e às drogas, bem como apresentam outros sintomas de
profundo mal-estar e desajustamento.

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